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sábado, 14 de janeiro de 2012

Pré gastroplastia

Estou me preparando para a gastroplastia que já está marcada para o dia 25/01. Serão 2 meses fora de casa para concluir a programação do médico. Já se passaram 4 meses desde que comecei o programa de emagrecimento, que não foi nada fácil, 11kg se foram.

Tive num aniversário de uma grande amiga onde todas, eu repito, todas as 7 mulheres que estavam lá eram "reduzidas", claro que eu ainda não. Achei tão estranho uma reunião só com ex-gordas...rs. Acho que nunca me sentirei ex-gorda, como ser ex gorda depois de 33 anos??? Tô quase me sentindo uma alcoólatra....rs, vai ver é por aí mesmo.

Mas enfim, no papo da sala de espera do consultório do Dr João(meu médico), as gordas empolgadas com a cirurgia, algumas apreensivas com o pré e pós operatório. As ex gordas e as que já perderam metade de si conversam sobre o que as levaram a fazer a cirurgia. Me assusto pois percebo que a maioria já não tem vida social, não gosta de se arrumar e não se amam como são. Não me sinto assim...será que sou normal? Nenhuma dela alegou aderir a cirurgia por motivos de saúde, mesmo que como forma preventiva,
(como é o meu caso).

Não quero deixar de ser eu, não quero ser magra, ou melhor, não quero ser ex gorda. Hoje tenho mais consciência de que quero mesmo é ser a gorda saudável e feliz que sempre fui. Claro que aumentar as possibilidades de roupa é um dos motivos que me deixará mais feliz, pois adooooro roupa, sapato, bolsa, etc.

A chance de virar diabética, hipertensa, cardíaca ou algo assim me fez querer fazer a cirurgia. Não tem sido fácil ouvir as receitas de emagrecimento, ouvir as pessoas dizendo que o que me falta é força de vontade ou vergonha na cara. Fácil é falar do que não se sabe, pois só um gordo sabe o que é a briga eterna com a balança. Os motivos que levam a isso são os mesmos que levam as pessoas a beber, fumar, usar drogas, etc...distúrbios psicológicos, endocrinológicos entre outros menos fáceis de se detectar. Queria que houvesse uma cirurgia para as pessoas deixarem de usar drogas, acho que as mãe dos gordos são menos tristes que dos viciados.

Tô indo, vou voltar ao peso que considero ideal para uma vida mais e mais feliz e principalmente saudável.