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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Que venha 2012


Sempre que se aproxima o final do ano começo a pensar no que eu quero fazer diferente no ano seguinte. Para isso tenho que avaliar como foi o ano atual e ver o que objetivos alcancei e quais não consegui para poder reprogramar tudo.

Sempre acreditei em sonhos, mas sempre soube que teria que correr atrás deles para que se tornassem realidade. Sempre sonhei, a vida inteira mentalizei o que eu queria fazer, o que queria ser, mas não sabia como fazer para alcançar. Engraçado como a vida foi me levando para onde eu queria, as vezes por caminhos tortos, algumas vezes com sofrimento, com dor, com tristeza, mas sempre, sempre com a certeza de que Deus me guardava algo especial.

Sorte é algo que nunca entendi muito bem, mas hoje acho que é o que tive e tenho, sorte. Sorte de ter nascido filha do Pedrão e da Lubélia. Sorte de ter tido 2 irmãos e 1 irmã completamente diferentes de mim, mas que ao mesmo tempo éramos tão unidos que nos complementávamos nas nossas diferenças.

Meus pais...

A história da vida dos meus pais me ajudaram a refletir sobre os valores da vida que tenho hoje. Meu pai com mais ou menos 12 anos saiu de casa para trabalhar, passou fome, frio e com pouco ou quase nenhum estudo foi vencedor na vida. Volta e meia lembro de suas histórias que sempre pedimos para que conte novamente, só para manter fresca na mente que não passamos por nenhuma dificuldade. Uma delas é que ele dormia na frente de um bar e pela manhã ajudava a limpar as mesas para conseguir um prato de comida, com  o tempo o dono do bar já confiava nele que o deixava dormir no depósito que ficava nos fundos, começou assim sua vida de comerciante do ramo alimentício.

Minha mãe uma guerreira, aos 5 anos foi morar com o pai e os 2 irmãos, um deles, o mais velho com síndrome de down. Ficaram 7 anos sem sequer ter notícias da mãe. Mamãe conta que até os 12 anos ficava procurando a mãe em qualquer lugar, qualquer rosto feminino. Do colégio interno, para onde foi aos 8 anos, só  lembra da cama em que ficava chorando sem parar. 

Os dois juntos lembram das vezes que procuravam moedas em todos os cantos da casa para comprar pão. Do taxi do meu pai que levava junto meu irmão mais velho dentro da banheira para poder trabalhar, pois minha mãe estudava. Das noites em claro que minha mãe passou lavando roupa para poder deixar nosso leite no dia seguinte. São muitas as histórias que permeiam o que sou hoje.

Avaliando 2011...

Esse ano sim foi difícil, meu Deus como pensei que ele não chegaria ao fim. Iniciamos o ano com a internação do meu avô, foram 4 meses intensos de tristeza e dor, que culminaram com seu falecimento, o que nos deixou com a dor da saudade eterna. Entre a internação e o falecimento do meu avô, perdi meu querido e amado padrinho que sofria há pouco mais de um ano com um câncer que tomou conta de seu corpo. Duas perdas que me abalaram profundamente. Duas imagens que marcaram na minha mente e coração, o momento em que vi meu avô no caixão e o momento em que vi o último suspiro do meu padrinho...e ali se foram 2 homens que marcaram minha vida pra sempre.

Este ano tava marcado para me oferecer emoções fortes. Entre perdas e ganhos, tive boas surpresas e algumas novidades não tão boas. O presente de ir para Angola fazer algo que sempre sonhei foi uma das maiores alegrias que já tive na vida. A volta à Manaus trouxe um peso que não imaginava que sentiria...tive que fazer escolhas, duras escolhas, sofridas escolhas, mas sei que o que vem por aí é melhor, por isso sigo adiante.

Hoje me sinto mais forte, mais segura. Ainda não tão certa do que quero, mas certa do que não quero. Esse final de ano será dedicado a mim. Mudei um pouco o estilo de vida, de alimentação, aos poucos estou tentando tirar a preguiça eterna que toma conta do meu ser para dar lugar a um novo ser que ainda não sou...rs.

O ano ainda não acabou, ainda tenho alguns pontos para colocar em alguns “is”, mas como diz aquela batida frase que circula no face: ‘Deus faz hoje e entendemos amanhã’. Não to com pressa, tem coisa que aconteceu há séculos que não entendemos até hoje. Que venha 2012, to preparada.

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